quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Aprendendo a ser Sincera

Foi um daqueles dias anormais, estranhos, tristes e legais. É possível sentir tudo isso ao mesmo tempo? Sim. Logo pela manhã, meu sentido auditivo percebe algo comum. Sabe aquele barulhinho característico de quando dão seta no carro? Pois é, quando era criança achava-o engraçado e ele marcava a minha ida á escola com minha professora, amiga de família, de quem sinto muita falta, já que agora habita os céus. Hoje, indo para a estação, ouço esse mesmo barulho gozado (não, eu não estava dirigindo, meu irmão estava), acompanhado do sentimento de inocência e saudade que me abrigou durante alguns segundos. Voltando à vida real, segui meu percurso, assisti as minhas decorrentes aulas e finalmente (não felizmente) a tarde chega, junto com ela uma angústia. Excluindo a chegada do Enem, o fim do ano que se aproxima, as provas e todo aquele drama de vestibulando ainda havia algo a mais, aquele sentimento que faz questão de bater a nossa porta de vez em quando. Fui salva (e estou feliz por sentir isso novamente depois de algum tempo) por um ombro amigo. A solidão faz de nós seres frios, orgulhosos e calculistas; e nada como um pastel, um suco e uma praça para lembrarmos de como é bom falar um pouco das nossas agonias mais gritantes. Admito, ser sincera não é uma das minhas melhores qualidades. Não que eu minta, apenas omito os fatos. Talvez por um simples motivo: ao falar, a verdade flui da nossa boca, passa pelo cérebro e chega finalmente ao coração, este toma um susto e se dá conta do que realmente está acontecendo. Hoje foi diferente. Uma pequena frase resumiu um mol de sentimentos que estavam guardados e cheirando mofo. No primeiro instante foi um alívio, momentos depois estava insegura e cansada, no entanto, com a certeza de que algo estava (está) errado. Os minutos seguintes foram sufocados por um sol quente e cruel que dava ênfase à situação. Voltando aos estudos (esses que não me deixam, e que não são deixados), um sentimento de nostalgia e, sendo sincera, até saudosismo invade meu corpo; momento felizes foram aqueles em que nada importava a não ser a felicidade do hoje. Realmente, é de deixar qualquer um triste saber que tudo aquilo não volta. Chegando finalmente ao momento legal, e porque não dizer desestressante do dia; eu amo imensamente mudar de planos quando algo não está dentro dos meus próprios planos. Fomos para a Lord's, sem apostilas ou mochilas. Estaria sendo egoísta se não dissesse que foi enormemente divertido. Mas depois de um dia estranho e cheio de sentimentos ás avessas fica uma frase que diz muito. Eu adoro olhar nos olhos.

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Queria esticar bem as pernas, assim como fazemos quando crianças para alcançar o doce em cima da geladeira, mas dessa vez queria chegar com minhas pequenas mãos e tocar o céu. Puxá-lo com toda a minha força infantil, desmanchá-lo e assim distribuir todas as estrelas e nuvens, espalhar aquela massa uniforme, azul como o mar, pelo mundo. Quem sabe não teríamos dentro de nós aquela incrível sensação do amanhecer, aquele brilho magnífico e esperançoso da primeira estrela da noite ou aquele intenso pôr-do-sol depois de um dia feliz.

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Começando...

A minha estória é simples. Sou fruto daquilo que me rodeia; consequência daquilo que me instiga. Biologia pura e sensata. Provida de sentimentos singelos, porém intensos. Decepcionada e esperançosa com os seres humanos. Encantada com os carinhos do mundo. Amor e ódio exalam de mim.