sábado, 29 de setembro de 2007

Catedral - Tchau

Me cansei dos teus desenganos
Não entendo a tua fala
Nossa casa está vazia
Hoje à noite é o meu dia
Nossa vida virou novela
E eu não sou nenhum personagem
Que se enquadre em teus delírios
Quero andar nas ruas e sentir frio
No calor quero estar sozinho.

Me cansei das tuas mentiras
Eu não quero esse dia-a-dia
Não consigo fazer promessas
Tenho apenas o que me resta
O teu jeito não me abala
Não me sinto bem no teu jogo
Vou voar mais alto que as nuvens
Entender de vez esse meu vazio
Te encontrar pra não ser sozinho.

Tudo é sempre a mesma coisa
O mesmo jeito, toda vez
Tudo é muito relativo
E a distância já nos fez
Somos serra e litoral
Nosso final é simples: Tchau.

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

A catraca azul

Não sei se ela passa por mim ou se eu que passo por ela, só sei que somos ambas solitárias no meio de tantas outras. Ela fica lá, parada, esperando que alguém apareça e que, com sorte, vire-a com um sentimento a mais ou apenas com um pouco de delicadeza, sem parecer "só mais um" que por ali passa sendo "só mais um". Por ela passam menino e rapaz, garota e mulher, só não passa quem não quer. Ela fica ali a disposição, tímida. Adora o ventinho de inocência e travessura que as crianças deixam ao passar por debaixo de seus braços. É de toda simples e sonhadora. Mas cuidado, ela também é feita de ferro, resistente e gelado. A catraca não é diferente da gente, é?


(hahah que viagem O.o...)

terça-feira, 18 de setembro de 2007


''A placa do carro da frente se inverte quando passo por ele.

E nesse tráfego acelero o que posso.

Acho que não ultrapasso e quando o faço nem noto.

O farol fecha...

Outras flores e carros surgem em meu retrovisor.

Retrovisor é passado.

É de vez em quando... do meu lado.

Nunca é na frente.

É o segundo mais tarde... próximo... seguinte.

É o que passou e muitas vezes ninguém viu.

Retrovisor nos mostra o que ficou; o que partiu.

O que agora só ficou no pensamento.

Retrovisor é mesmice em dia de trânsito lento.

Retrovisor mostra meus olhos com lembranças mal resolvidas.

Mostra as ruas que escolhi... calçadas e avenidas.

Deixa explícito que se vou pra frente coisas ficam para trás.

A gente só nunca sabe... que coisas são essas"
Amém - O Teatro Mágico

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Da chegada do amor

Sempre quis um amor
que falasse
que soubesse o que sentisse.

Sempre quis um amor que elaborasse
Que quando dormisse
ressonasse confiança
no sopro do sono
e troxesse beijo
no clarão da amanhecice.

Sempre quis um amor
que coubesse no que me disse.

Sempre quis uma meninice
entre menino e senhor
uma cachorrice
onde tanto pudesse a sem-vergonhice
do macho
quanto a sabedoria do sabedor.

Sempre quis um amor cujo
BOM DIA!
morasse na eternidade de encadear os tempos:
passado presente futuro
coisa da mesma embocadura
sabor da mesma golada.

Sempre quis um amor de goleadas
cuja rede complexa
do pano de fundo dos seres
não assustasse.

Sempre quis um amor
que não se incomodasse
quando a poesia da cama me levasse.

Sempre quis um amor
que não se chateasse
diante das diferenças.

Agora, diante da encomenda
metade de mim rasga afoita
o embrulho
e a outra metade é o
futuro de saber o segredo
que enrola o laço,
é observar
o desenho
do invólucro e compará-lo
com a calma da alma
o seu conteúdo.

Contudo
sempre quis um amor
que me coubesse futuro
e me alternasse em menina e adulto
que ora eu fosse o fácil, o sério
e ora um doce mistério
que ora eu fosse medo-asneira
e ora eu fosse brincadeira
ultra-sonografia do furor,
sempre quis um amor
que sem tensa-corrida-de ocorresse.

Sempre quis um amor
que acontecesse
sem esforço
sem medo da inspiração
por ele acabar.

Sempre quis um amor
de abafar,
(não o caso)
mas cuja demora do acaso
estivesse imensamente
nas nossas mãos.

Sem senãos.

Sempre quis um amor
com definição de quero
sem o lero-lero da falsa sedução.

Eu sempre disse não
à constituição dos séculos
que diz que o "garantido" amor
é a sua negação.

Sempre quis um amor
que gozasse
e que pouco antes
de chegar a esse céu
se anunciasse.

Sempre quis um amor
que vivesse a felicidade
sem reclamar dela ou disso.

Sempre quis um amor não omisso
e que suas estórias me contasse.

Ah, eu sempre quis um amor que amasse.

Elisa Lucinda



segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Estranho

Parece que tudo mudou, que eu já não sou mais a mesma, parece que o dia amanhece diferente e a noite vem junto com aquela angústia premiada. Será tudo consequência do encontro (e porque não dizer invasão, desculpa) de mundos? Eu sei, é tudo minha culpa, até a sua culpa é minha culpa também. Mas agora é tarde não é?! Tarde para se superar.

sábado, 8 de setembro de 2007

Brainstorm

- Começando pelo "Ponto Final"
- Humm...mas o garoto dos olhos de aquarela hein...
- Mas olha que maravilha, 56!
- O fim é belo e incerto viu
- Me diz que não tem nada a ver e que foi tudo coisa da minha cabeça, me diz
- Bandejar é legal!
- A Unicamp é legal, pena que é longe!
- Estranho é gostar tanto do seu All Star azullll
- Homens ¬¬ !
- Eu tô cansada! Tô cansada até de se cansar! (saca?)
- OMP = Orto, Meta e Para
- Queria ser uma borboleta liláss!
- Quem é Bruno?
- Pultz, o Justin é muito gato não é?!
- Linguística, Fonoaudiologia, Letras e assim caminha a humanidade.
- Me deixa, que hoje eu tô de bobeira!
- Eu amo o sol
- Nhai, eu quero aquela rosa de várias cores de Holambraa
- Cerveja decididamente é ruim
- Mas a música Lisbela - Los Hermanos é muito boa
- Omovedooorrr, Carejangrejoooo
- Minha perna dói, e meu tornozelo dói
- Te amo, te amo, te amo, te amo....cena d.e.p.r.i.m.e.n.t.e
- Cadê meu clube social quebrado?
- Eu to com sono
- Eu não ficaria bem na sua instante, nanão

Finalizando:
- Renato Russo é O Cara!!