sábado, 24 de novembro de 2007

Vale tudo né...

Oração do Vestibulando

Vaga nossa que está na universidade,
Azarado seja o nosso concorrente.
Seja correta a nossa resposta
Assim na certeza como no chute.
O cursinho nosso de cada dia que pagamos até hoje,
Justificai as nossas despesas
Assim como nós justificamos as perguntas dissertativas.
E não nos deixe cair em tentação,
Mas livrai-nos do pau.

Amém.

segunda-feira, 19 de novembro de 2007

Seiscentos e sessenta e seis

A vida é uns deveres que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são 6 horas: há tempo...
Quando se vê, já é 6ªfeira...
Quando se vê, passaram 60 anos...
Agora, é tarde demais para ser reprovado...
E se me dessem - um dia - uma outra oportunidade,
eu nem olhava o relógio.
Seguia sempre, sempre em frente ...

E iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas.

Mário Quintana

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Os ombros suportam o mundo

Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus.
Tempo de absoluta depuração.
Tempo em que não se diz mais: meu amor.
Porque o amor resultou inútil.
E os olhos não choram.
E as mãos tecem apenas o rude trabalho.
E o coração está seco.

Em vão mulheres batem à porta, não abrirás.
Ficaste sozinho, a luz apagou-se,
mas na sombra teus olhos resplandecem enormes.
És todo certeza, já não sabes sofrer.
E nada esperas de teus amigos.

Pouco importa venha a velhice, que é a velhice?
Teus ombros suportam o mundo
e ele não pesa mais que a mão de uma criança.
As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios
provam apenas que a vida prossegue
e nem todos se libertaram ainda.
Alguns, achando bárbaro o espetáculo
prefeririam (os delicados) morrer.
Chegou um tempo em que não adianta morrer.
Chegou um tempo em que a vida é uma ordem.
A vida apenas, sem mistificação.

Drummond

sábado, 10 de novembro de 2007

Qual é o seu tempo?




"Não me deixe só
Que o meu destino é raro
Eu não preciso que seja caro
Quero gosto sincero do amor

Fique mais, que eu gostei de ter você
Não vou mais querer ninguém
Agora que sei quem me faz bem"

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

"Acredite-se"

Este post vai ser um tanto longo...mas isso com certeza vai ter que ser registrado.

Depois de passado o susto, o esperado show do Teatro Mágico. A primeira impressão? Que tipo de pessoas são essas que estão aqui pra ver TM? E aí entra o cara que canta estranho, e parece que fica lá eternamente (pelo menos pra mim que estava super ansiosa). Depois de um "pequeno" intervalo, entra a Trupe. Pena ser pequena nessas horas, perdi várias partes muito interessantes. Decidi entrar na luta e disputar um lugar mais perto. Sensações? Indescritíveis. Aquela magia, aquela música, aquela vontade de largar tudo e viver de arte. Gritei, gritei, gritei, na metade do show eu não tinha mais nenhuma voz, mas ainda tirava forças pra cantar, recitar, lindo, lindo! Um show de deixar qualquer indivíduo um tanto quanto tiete. Pronto, em algumas horas, decidi ser fã por todo esse tempo que não fui. O show acaba e você sente aquela admiração de colocar as pessoas num pedestal e ficar olhando lá debaixo. Só olhando. Fui exercitar meu papel, comprei uma regata e adesivos, estes que serviram logo mais para os autógrafos, sim, autógrafos. Eles descem do palco e se tornam pessoas normais, não desprezam sua posição humilde de fã, e te abraçam, beijam, tiram foto, conversam. O contado físico é magnífico, estou boba até agora. Aquele que estava lá no palco, que barreiras nos separavam, agora está ali, ao seu lado. Se não bastasse, o Anitelli, vocalista, pareceu adivinhar. O meu autógrafo foi: "Acredite-se". Nada mal pra quem está prestes a fazer umas provas que irão mudar sua vida. Eu só queria olhar e dizer: Obrigada por esse momento. Fui embora feliz e renovada, com meus adesivos, minha regata com os dizeres "Os opostos se distraem, os dispostos se atraem." e algumas fotos de lembrança de um dia inesquecível. Marcante.

Porque o TM é cor, é sabor, é sentir. É sorrir. É fita, fogo e luz e palhaçada. É o livre por vontade, por amor. É o acesso, é a verdade.