quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Adele acompanhando minhas noites.


Next time I'll be braver
I'll be my own savior
When the thunder calls for me
Next time I'll be braver
I'll be my own savior
Standing on my own two feet

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Cores de Almodóvar, cores de Frida Kahlo, cores.


Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê?
Minha alegria, meu cansaço?
Meu amor, cadê você?
Eu acordei, não tem ninguém ao lado.

sábado, 5 de novembro de 2011

Lembro de ter lido em algum lugar qualquer.

Os sentimentos que ultrapassam os oceanos me fazem querer pegar o telefone e chorar todos os litros acumulados de saudades que aqui moram e se alimentam. A vontade mesmo era de ouvir do outro lado da linha: "Se acalme, estou pegando o próximo avião pra te ver."

quinta-feira, 3 de novembro de 2011


A um ausente


Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.


Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enlouqueceu,
enlouquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?


Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.


Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.

Carlos Drummond de Andrade