(e da série "não sei fazer poemas, mas whatever...")
Tinha o dom de se fazer sorrir
Simples, diria um descritor qualquerTinha alma de menino,
daqueles que a mãe quer sempre agarrado na barra da saia.
Menino?
Criatura crescida por meios mundanos,
meninice deixada pras horas vagas.
Diz-se do preto ser a ausência de cor,
talvez a esperança do toque da aquarela da vida.Energia dissipada em vinte e quatro horas,
carrega, descarrega, descarrega, descarrega,
carrega.
Torna a descarregar.
Tinha um meio sorriso, impensado,
daqueles que mostram a essência da alma,
daqueles que acendem um aviso na mente
das mulheres: "Cuidado!".
Sorriso impregnado de suspiros alheios.
Era um romântico, um sobrevivente entre
os homens de terno e flores compradas.
Ares de conquistador, faces de galanteio.
Se queres saber, restos do tal cavalheiro.Tinha tanto a mostrar que entala, fica preso.
Sai aquilo que nos convém, limitado e censurado.
Goteja, despeja...deixa vazar o que sente.Trajes superficiais de um ser atencioso.
Caixinha de surpresas, chapéu de mágico.
Era uma figurinha, daquelas que brilham no escuro.