(e da série "não sei fazer poemas, mas whatever...")
Tinha o dom de se fazer sorrir
Simples, diria um descritor qualquerTinha alma de menino,
daqueles que a mãe quer sempre agarrado na barra da saia.
Menino?
Criatura crescida por meios mundanos,
meninice deixada pras horas vagas.
Diz-se do preto ser a ausência de cor,
talvez a esperança do toque da aquarela da vida.Energia dissipada em vinte e quatro horas,
carrega, descarrega, descarrega, descarrega,
carrega.
Torna a descarregar.
Tinha um meio sorriso, impensado,
daqueles que mostram a essência da alma,
daqueles que acendem um aviso na mente
das mulheres: "Cuidado!".
Sorriso impregnado de suspiros alheios.
Era um romântico, um sobrevivente entre
os homens de terno e flores compradas.
Ares de conquistador, faces de galanteio.
Se queres saber, restos do tal cavalheiro.Tinha tanto a mostrar que entala, fica preso.
Sai aquilo que nos convém, limitado e censurado.
Goteja, despeja...deixa vazar o que sente.Trajes superficiais de um ser atencioso.
Caixinha de surpresas, chapéu de mágico.
Era uma figurinha, daquelas que brilham no escuro.
2 comentários:
Que lindo quando você escreve!
Não comentarei o "não sei fazer poemas", porque poema não se faz se é, e você o é muito.
Parabéns por inteiro, mas principalmente
pela: "meninice deixada pras horas vagas.", pelo :"Sorriso impregnado de suspiros alheios." e pela:" figurinha, daquelas que brilham no escuro."
Promete que você vai continuar sendo poema?
Um beijo
Prometo que vou tentar, tenho meus momentos! rs
E um elogio vindo de você, que é sempre um poema tão bom, me deixa bem feliz :)
Outro beijo.
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