quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Testemunha ocular.
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Aqui em cima do muro , é seguro. Juro! Do romance que eu criei, da minha obra prima, só tenho uma testemunha. E foram os olhares que se encontraram . Autonômos. E eu deixei. O que mais iria querer, além daqueles olhos. Eu forçava o acaso para descobrir alguma novidade. E me contentava com as pequenas descobertas diárias. Os olhares constantes tinham um trato, tinha que ser de longe. As oportunidades perdidas e a indiferença aparente, eram truques para aumentar a expectativa do desfecho. O desfecho? Emocionante! Surgiu alguém para o outro. E eu cansei. De amor platônico não se brinca sozinho, não tem graça. Os olhares são ainda amigos, mas estão conformados. Coitados! E eu já não quero apenas olhares, quero palavras, gestos...
Afinal para que faça sentido, há de existir todos os sentidos. Não?
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Por Âmala Barbosa

Um comentário:

Ju Martinez disse...

é exatamente disso que eu to falando rs ;)